Lisboa despede-se de Anita Guerreiro, icónica voz da música portuguesa, com cerimónias na Basílica da Estrela e no cemitério do Alto de S. João.
Lisboa prepara-se para dar o último adeus a Anita Guerreiro, a atriz e fadista que marcou várias gerações com a sua voz única e presença inconfundível. Segundo informação avançada à Lusa por fonte próxima da artista, as exéquias realizar-se-ão esta terça-feira, entre as 18h30 e as 22h00, na Basílica da Estrela, no coração da capital portuguesa.
A cerimónia fúnebre continuará na quarta-feira, com uma missa de corpo presente marcada para as 16h30 na mesma Basílica, seguindo-se o transporte para o cemitério do Alto de S. João, onde terá lugar o sepultamento. Estas datas permitem que familiares, amigos e admiradores prestem uma última homenagem à fadista, conhecida do grande público desde o concurso radiofónico “Tribunal da Canção”.

Anita Guerreiro faleceu no passado domingo, aos 89 anos, enquanto dormia na Casa do Artista, instituição de solidariedade social onde residia desde 2018. Apesar da idade avançada, manteve-se ativa no mundo da música e continuou a dar voz ao fado, deixando um legado de simpatia, talento e popularidade que marcou a cultura portuguesa.
Nascida Bebiana Guerreiro Rocha, a 13 de novembro de 1936, na freguesia dos Anjos, em Lisboa, a fadista iniciou-se na música desde muito jovem. Aos sete anos já encantava familiares e amigos com as suas atuações na coletividade Sport Clube do Intendente, dando início a uma carreira marcada por clássicos como “Cheira bem, cheira a Lisboa”, “Lição de Amor” e “O fumo do meu cigarro”.
A morte de Anita Guerreiro representa uma perda irreparável para o fado e para a cultura portuguesa. Ao longo da sua carreira, deixou um rasto de talento e emoção, sendo lembrada não apenas pelas suas interpretações, mas também pela forma humana e generosa como cativava todos à sua volta. O país despede-se agora de uma das suas vozes mais emblemáticas.